Informações de mais de 102,8 milhões de celulares, incluindo dados pessoais dos proprietários das linhas e tempos das chamadas, estão à disposição de cibercriminosos na dark web.
Entre os dados vazados estão informações do celular do presidente Jair Bolsonaro, conforme notificou hoje o site de notícias NeoFeed, com base em informações da empresa de segurança brasileira PSafe.
A PSafe informou ao NeoFeed que os vazamentos apontam para os bancos de dados das operadoras Claro e Vivo. A empresa disse que enviará as informações sobre o vazamento dos dados de celulares à Agência Nacional de Proteção de Dados (ANPD), órgão criado pelo governo para regulamentar a aplicação da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).
A empresa também foi oficiada pela ANPD para colaborar com as investigações do megavazamento de dados, que detectou em janeiro, contendo informações de 223 milhões de brasileiros, incluindo falecidos, e 40 milhões de empresas.
A ANPD também oficiou a Polícia Federal, o Gabinete Institucional da Presidência da República e o Comitê Gestor da Internet no Brasil para colaboração nas investigações do megavazamento.
As operadoras Vivo e Claro disseram que não identificaram incidentes de vazamento de dados.
A Vivo disse, em comunicado, que “possui os mais rígidos controles nos acessos aos dados dos seus consumidores e no combate à práticas que possam ameaçar a sua privacidade.”
A Claro destacou que, “segundo informou a reportagem, a empresa que localizou a base não encontrou evidências que comprovem a alegação dos criminosos”. A operadora também disse que fará uma investigação a respeito, como prática de governança.
A Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) informou já estar se movimentado para receber informações oficiais sobre o vazamento de dados dos mais de 102 milhões de celulares. A autoridade disse, em comunicado, na noite de hoje, que “já realizou todos os movimentos necessários à expedição de ofícios a fim de obter informações oficiais sobre o vazamento, além de toda a articulação com órgãos a fim de que haja uma atuação eficiente na apuração técnica de todas as informações sobre os casos de vazamento de dados”.
Um cibercriminoso que estava vendendo os dados vazados na “deep web” informou à PSafe ter acessado bancos de dados das operadoras Vivo e Claro. A empresa detalhou que as informações eram comercializadas por mais de US$ 6.200, em bitcoin.
A ANPD disse que segue atuando “de maneira cooperativa com todos os órgãos a fim de apurar a origem, a forma em que se deu o possível vazamento, as medidas de contenção e de mitigação adotadas em um plano de contingência, as possíveis consequências e os danos causados pela violação”.
“Concluída esta etapa, a ANPD sugerirá as medidas cabíveis, previstas na Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD), para promover, com os demais órgãos competentes, a responsabilização e a punição dos envolvidos”, disse a autoridade. As sanções previstas na LGPD, que terão validade somente a partir de agosto, incluem multas de até R$ 50 milhões.
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Fonte: Valor Econômico